sábado, 29 de agosto de 2009

É início mas não começa agora...

Desde que me entendo por gente, escrever nunca foi uma coisa muito fácil pra mim.
Palavras, pensamentos e a mecânica de faze-lo, tudo é muito complexo para quem é bem preguiçoso como eu. Talvez seja por isso que as realidades que aparecem para mim não se dissolvem como as artes e os sentimentos que de mim fogem longe de tão bem saber lidar.
Mas de verdade eu sempre quis ser assim, saber e ter a destreza de poder desenhar com palavras o que ronda minha mente e é entremeado ao meu coração.
O questionamento que não se afasta de mim é, porque algumas pessoas que pensam com o coração e tem a arte como sua maior habilidade geralmente não tem o mesmo domínio em controlar as palavras que são escritas ou nem mesmo conseguem sentir prazer em parar para asim fazer?
Porque somos tão inteligentes e não conseguimos exercitar essa virtude?
Pascal, como gosto de citar este fenômeno, rsrs ele diz que existe o espírito da geometria, que trata das coisas com um olhar aprofundado em análises demoradas e concentram sua atenção e crença no que lhes é certo e geômetro. E também existe o espírito sutil, esse que me faz pertencente ao seu mundo, que trata de pessoas que tiram suas conclusões de bate-pronto, num olhar rápido e concêntrico, que não temem expressar suas artes e sentimentos e viver dos mesmos.
O fato é que os dois espíritos, o geômetro e o sutil, são completamente distintos e não conseguem se igualar um ao outro.
Mas de maneira filosoficamente contraditória os que são de espírito da geometria pertencem ao espírito sutil, e os que partilham do espírito sutil pertencem imperceptivelmente ao espírito geômetro.
É como a dialética da razão e da paixão. Um é indubtavelmente destinto ao outro, mas ao mesmo tempo os dois se pertencem um ao outro.
Assim são os espíritos (as razões e formas de comportamento).
E isso só me leva a uma conclusão, e para isso não poderia deixar de usar uma citação deste que me faz voar na filosofia...

"Geometria, sutileza. - A verdadeira eloquência ri-se da eloquência, a verdadeira moral ri-se da moral. Em outras palavras a moral do juízo, isto é, juízo intuitivo. Espírito aqui tem sinônimo de razão.
Pois é ao juízo que pertence o sentimento, como as ciências pertencem ao espírito. A sutileza é própria do juízo, como a geometria é própria do espírito.
Zombar da filosofia é em verdade filosofar!"

Meu Deus, essas coisas me envolvem de uma maneira que passo a me colocar num lugar de propícia defesa, e ao mesmo tempo me incíto a divulgar minhas ofensas a personalidade alheia.
Mas como disse no título do post, é início mas não começa agora.
Como meu primeiro post resolvi colocar essa divergência de espíritos como minha confusão maior e divulgar minha fragilidade junto com minhas alegações de prepotência.
Bom por enquanto é só...