domingo, 21 de agosto de 2011

A ela mais que nunca a mim.

É simples como olhar pre frente e sentir o vento no meu rosto. De perder o pensamento de tanto invadir-me o sentimento. As vezes me perco na dúvida se é verdadeiro ou fantasioso, mas sempre caio na conclusão de que é exatamente o que eu quero.

Porque só o amor me faria escrever tão rápido! Só o amor seria capaz de ativar em mim a disposição de acreditar em ser feliz e viver tudo o que me é proposto, sem sombras de dúvidas ou lágrimas.

É simples tocar o teu rosto e perceber que não tenho exatamente nada o que falar ou escrever. É simples compreender que se é capaz de sentir algo tão forte e tão intenso, tão sublime e tão profundo, tão perigo e tão seguro, tão pernas e tão sorrisos, tão verdade e tão acaso.

E agora que para mim parar não é escolha, e voltar não existe e nem quero!
Porque ser feliz só é válido se for com ela, e por ela corro o risco de morrer de dor, e morreria sem pensar duas vezes. Sabendo que serei feliz e que da dor vou para sempre esquecer, como quem nunca antes houvera sentido.

Amo a ela como nunca amei a mim!

Porque ela é mais eu do que todos os meus pensamentos rápidos e perdidos em dias que nem mesmo eu sei ou entendo quem sou.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Todo mundo que ama.

Ontem fui dormir com um assunto na cabeça que queria muito tornar em crônica. Eterno defeito, sempre produzindo no exato momento em que não posso reproduzir ou exportar. O pior é que eu nunca lembro no outro dia, nem sequer uma palavra, nem a idéia ou qualquer outra característica do que havia pensado.

É assim com o amor também!

Queremos sempre o que não estamos na condição de ter, acreditamos sempre no que está na cara que é mentira. Usamos o paradoxo como camisa e a controvérsia como bermuda.

Fico perto de quem eu amo e num segundo me torno tudo o que nunca fui. Esperto, disposto, inteligente e sagaz.

Me faço de entendido e finjo não me achar menor.

Ao mesmo tempo o oposto acontece.

O cara mais culto se vê disperso como um bando de nuvens soltas em dia de sol, as palavras somem de uma maneira tão rápida que é difícil até pedir um copo d’água. O escritor fica mais superficial que uma tira de jornal, o jazzista se encanta por uma linda letra de axé, e tudo torna a se contrapor como sempre, e é assim com todo mundo.

Todo mundo que ama!

Porque amar não tem tempo, nem raiz. Amar simplesmente acontece.

Seja de um mês, ou seja de um ano.

Um ano calado, ou um mês todo dia... Acontece!

O amor é como um assunto que vem na cabeça de um escritor, totalmente sem querer e some no pensamento antes mesmo que ele perceba.

Sim, ele some da mente. Passeia entre o coração e a alma, até dormir à noite no último arrepio suado.

É fácil perceber que o que se contrapõe na verdade quer se juntar, e o contradito é só o que se quer dizer.

Então cai-se sobre a mesa a discrepância do dizer, de tudo o que está engasgado por medo, fome ou vontade. Cai-se, porque ninguém o derruba, mas ele se joga. Na complexidade do ser mais simples, que sabe o que sente e o que quer.

Meu eu é muito simples pra disfarçar que estou amando!

E na verdade nem quero se já não sou mais aquele menino, e não sou virgem de sofrer.

Quero a conseqüência como troféu e não como pena. E se um dia eu lembrar no que estava pensando ontem, vou ter a certeza de que escrevi aqui o que eu exatamente queria dizer.

sábado, 6 de agosto de 2011

Medidas

Começo, fim, altura, distância, peso, demora, alívio, todos esses modos e medidas perdem de longe seu valor quando iniciamos uma busca feroz e cega a um determinado objetivo. Lançamos mão daquilo que nunca em nossa vida renunciaríamos e veneramos, tudo o que nunca nos foi achado graça aos olhos. Acabo de me cobrar e perceber que já não sou uma criança que se atreve a escrever e que por ser apenas uma criança pode simplesmente despejar sentimentos a torto e a direito que no fim obterá um produto mediano bom. Já faz tempo que entendi e reconheço que escrever pra mim passou de ser sinônimo de dor ou de alegria e que meu desenvolvimento, que a cada dia me torna milímetros mais maduro, tem de me permitir controlar minha mente separando meus fracassos emocionais daquilo que me propus a fazer como artista.

Porque se o começo for ruim, o fim talvez não aconteça. Por ser alto sentiria medo de estar distante, devido ao peso da demora que por tantos e tantos anos só queria o alívio de ter a ELA.

Controlar sim, omitir-se não. Como se pode cronisar sem mencionar os estados físicos e emocionais? Como se pode fazer o que mais se sabe fazer sem se expor ao acaso mais uma vez e se iludir, e dissuadir-se de toda idéia boa de ser feliz e até chegar a pensar em sorrir e se permitir ganhar?

Poucos segundos e já me levo a perder toda a concentração no que eu faço, porque pode ser amor, como pode ser loucura. Sendo que ambos são fulminantes no sentido de arrebatamento e irreversibilidade.

Não seria tolo se expusesse minha opinião de que é amor, com linguagem subjetiva não por vontade própria, e sim por ter que ser assim. Para disfarçar pra mim mesmo e para todos o que só eu e você sabemos e queremos.

Mais uma vez me vejo sentado, escrevendo e mais uma vez me vejo com o coração menor que uma idéia, preso, louco, e idiota.

Dar-se-á a um sonho força, esperança e paciência, e ele se realizará.

Permaneço o mesmo de ontem com o amor de amanhã, e que isso me sirva de lição para não me tornar pra sempre o cara de hoje.