terça-feira, 19 de outubro de 2010

Poéticos animados?

São verdes porque são folhas e animados são por nascer.

Simples toque de magia a entoar minhas canções e amores, e flores, e versos, e frases, sem rima me levo a pensar que estou no breu. Plena a escuridão sem te ter minha luz manhã...

Bem perto estou de enlouquecer por teus abrigos não me atingirem, nem chegarem a mim suas promessas de tocar pouco meu lábio com ternura.

Ânimo rapaz!

É a vida, é a vida quem me diz...

Diz-me para seguir em frente e encontrar meu meio de sair daqui. De encontrar minhas pernas que de longe correm sem mim.

A vida, a quem tanto amo, ao contrário de muitos que a culpam pelo que não deu certo.

Tenho de fato a certeza que se não deu certo não foi culpa dela, nem tão pouco minha, ou de outrem. Sei que minhas poesias alcançarão os ouvidos de quem precisa saber que eu amo que minhas tristes e loucas canções me interpretem ao querer ninar para dormir.

Te quero razão, mas não consigo me livrar das emoções que a todo tempo estão comigo!

Te quero canção, e sei que levaria anos para terminá-la já que tanto quero eu impressionar-te!

Poucos passos me separam de ti garota.

E eu, o que faço?

O que faço pra te esquecer, se já não posso controlar nem mesmo minhas palavras?

O que faço pra te esquecer, se já não posso te encontrar e tentar te trazer para mim pra sempre?

Não sofro por ti, sofro por não poder lhe garantir amor tamanho que te leve a ser feliz e sorrir.

Amanheço a te ouvir manhã de sol!

Te quero livre em frente ao espelho e ir de mim mesmo sem sair de casa para não mostrar meu rosto alegre por que te conheci.

Preciso gritar ao mundo que tenho em meus braços, bem de repente a minha eterna poesia, minha poetiza de quem falei manhã, minha flor que reguei com o pranto que tanto chorei ao tentar trazê-la pra mim.

Gritei ao mundo que fui feliz por te ter minha razão, razão que tanto quis. Meu pranto cessou, minha raiz se fortaleceu por que me reguei também.

Me reguei da esperança, da força que tirei do vento sem mesmo ver. Me reguei de trabalho, de conquista e de sonho. Reguei minha primavera, meu verão, reguei minha caminhada e meu amor. E reguei meu coração de dores simplesmente pra te ter menina.

Te ter sorrindo uma estrela, te ver cantando uma linda e minha canção. Te ser, por que já não sou mais eu. Te beber para matar minha sede de amor e poder assim crer que a terei para sempre...

Poesias me animam!

Animam meu ser, são animados meus verões e meus versos dão-te graça.

Preciso-te menina, para sempre animada, sorrindo pra mim.

Anime minhas canções com teu olhar meigo e seu jeito doce.

Anime minhas canções até a hora de dormir, e por isso te peço, anime-me.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Ensaio sobre a tristeza e a maturidade.

Hoje eu continuo sem ter muito o que escrever. Meus pensamentos duram apenas o tempo de eu me imaginar escrevendo ou criando alguma coisa, é estranho para mim e ao mesmo tempo não me importo tanto...

De muito tempo sou assim, minha inspiração é muito maior de fora para dentro do que de dentro para fora. Parece que alguma coisa me faz pensar que tudo o que crio se tornará um lixo assim que sair da minha cabeça e tornar-se visível, audível ou palpável.

Esse sentimento tem me tornado servo de mim mesmo, tem me feito perceber que nem eu mesmo dou a devida importância à fatos e coisas que tem o poder de marcar vidas, transformar pensamentos e principalmente fazer rir. É realmente difícil ser espectador de si mesmo e não ter aplausos, não gerar comentários nem elogios, é triste não ser reconhecido nem mesmo ao ponto de tornar público o que se fez.

Volta e meia me encontro com essa palavra e isso tem se tornado corriqueiro. Tristeza, firme em sua própria semântica, temível e mortal aos que não a conseguem controlar, fonte de riquezas para alguns, desconhecida por outros. Como não conseguimos perceber quão valiosos são os momentos em que não nos encontramos tristes, e em conseqüência disso não fazemos uma gota sequer de esforço para que esse tempo dure mais? Para onde vai nossa capacidade de entender e assimilar as coisas nesses momentos? Será que somos mesmos donos de nossa inteligência?

Mas é fácil perceber que quando se olha muito para o lado de dentro se minimiza as razões, os fatores exatos e se multiplica os sentimentos, tornando assim mais fácil, (como se fosse difícil), que a tristeza se faça presente.

É olhando para os interiores, para o modo de agir de cada indivíduo, as intenções, as esperanças, que conseguimos lembrar ao nosso consciente que somos imperfeitos.

Olhando assim até parece que estou triste!

Baaahh!

Estou vivendo os melhores momentos da minha vida, muito embora quanto mais se consegue alcançar os objetivos, mais perto de não estarmos satisfeitos nos encontramos.

A maturidade nos faz rigorosos!

Viver momentos bons sem saber que eles têm um prazo de validade não é felicidade é ingenuidade. O que não é nada de errado.

A grande vantagem de crescer é poder estabilizar os pensamentos e ter a noção exata dos limites à que podemos impor aos nossos sentimentos e fazer de nossos momentos de tristeza uma reunião de planejamento para ludibriar a dor e enganar a solidão.

Sou sinestésico por que sou feito mais de luz do que de matéria, é quando entendemos isso que não mais nos surpreendemos com nossas reações perante a catástrofes sentimentais e rasteiras da vida.

Quem não se entrega ao sentimentalismo está a um passo de morrer de loucura, ou de sofrer solidão perpetuamente.

Enfim, por mais que tente não sou mais tão capaz assim de exportar tudo o que penso para o papel e nem mesmo de fazer valer para minha vida os conceitos que eu mesmo crio.

Quem quiser tem todo o direito de me ver como um fracassado, mas de uma coisa eu não morro! De não saber responder aos questionamentos das emoções, ou de perder a vida por não aceitar as circunstâncias, ou até mesmo de não querer ser tolo de deixar a vida passar e não aproveitar a chance de entendê-la por dentro e ter em todos os sentimentos a razão!